terça-feira, dezembro 12, 2006

Led On no Santiago Alquimista
9/12/2006
PAULO RAMOS - voz
MÁRIO DELGADO - guitarra
MANUEL PAULO - teclados
ZÉ NABO - baixo
ALEXANDRE FRAZÃO - bateria

Uma viagem na mayonnaise...aquele parque de estacionamento era mesmo real?

Tema da Noite: Black Dog (eu fiquei à espera deste tema até ao FIM)
Mood do Público: LSD On

Eu e o Filipe (grande guitarrista, compositor e vocalista, fã de Jeff Buckley e tarado por Led Zeppelin) saímos da minha rua ainda não eram 23h.
No cartaz lia-se a info que as portas se abririam às 22:30...
A viagem foi nervosa, mas o pior foi mesmo a chegada.
Digamos que os lugares para estacionar não abundavam (pff...não abundavam? NÃO EXISTIAM) e circulámos pelos bairros à procura de um espacinho...que nunca mais aparecia.
Meus caros...era quase 1 da manhã, quando nos fartámos de nos perder e nos "refugiámos" no parque das Portas do Sol, o primeiro parque de estacionamento automático do país. Foi a experiência mais "Kubrikiana" alguma vez experienciada...por uns breves instantes pensei que eu e o Filipe seríamos raptados por marcianos ou algo do género.
Mas acabámos por conseguir estacionar e lá fomos nós a cortar o frio que se fazia sentir na rua... Chegaríamos a tempo de assisitir ao concerto? Quase 1 da matina e nem sequer tínhamos bilhetes comprados...

Assim que chegámos, constatámos que os Led On estavam em palco, mas fomos avisados de que teríamos perdido 10 minutos...e 10 minutos não é nada comparado com o tempo que demorámos a lá chegar!

Furámos a multidão e sentámo-nos no chão mesmo em frente ao palco...ao nosso lado estava a Lena D'Água, que me deixou sem fôlego...ali estava uma das minhas musas, um dos meus "ídolos" de infância! Bem, mas a noite era dedicada a Led Zeppelin, logo toca a olhar para a frente. O Sr. Paulo Ramos estava a interpretar com mestria o "Kashmir". A cada "babe", "mamma"...a cada movimento de mão...tínhamos ali o Plant. Priceless!


"When Im on, when Im on my way, yeah
When I see, when I see the way, you stay-yeah"



As luzes pintavam o ambiente de vermelho e roxo (Purple haze all in my brain, Jimmy Hendrix on my mind) e eu senti-me a viajar. Fechei os olhos e estava longe no tempo e no espaço.

Aplausos e gritos ao longo do tema. Achei fantástico o facto de não ser uma cópia dos Led Zeppelin, mas sim uma recriação perfeita do espírito Led Zeppelin. E como espectadora, senti-me ainda mais inebriada pela experiência. Enviei uns quantos sms aos meus amigos para lhes informar que estavam a perder um momento MÁGICO.
Não era Led Zeppelin, era sumo de Zeppelin e com muita polpa!
Os Led On fizeram um único intervalo, que possibolitou o refill (desta feita, Super Bock). Eu e o Filipe adquirimos os pins dos Led On (eu comprei o meu, mas as meninas do Merchandising ofereceram um ao Filipe...ainda dizem que as mulheres são privilegiadas!)

Os sonoros do intervalo estiveram a cargo do Gimba...música da época para perpetuar o espírito vivido na 1ª parte. Santana, Free e Black Sabbath foram algumas das bandas escolhidas pelo grande M.D. (METE DISCOS!) Gimba.

Os Led On regressam...
O Paulo Ramos soltou-se, interagindo mais com o público e deixando a estante sozinha...é assim que te queremos! Perto de nós. Senti também mais energia (ainda mais!) na secção rítmica. E houve também muito mais interacção entre o Paulo e os restantes Led On (e as apresentações da banda à la Plant são deliciosas)!

Parecia impossível...mas a 2ª parte conseguiu ser melhor. :D Como espectáculo, houve um digníssimo crescendo a culminar na loucura colectiva. Público e banda em êxtase.

Entre muitas, os Led On presentearam o público com pérolas como: "Nobody's Fault But Mine" (as paragens eram absurdamente perfeitas);

"Whole Lotta Love" (Mário Delgado no Theremin);

"No Quarter" (que surgiu como uma lufada de ar quente...de tão sexy e perturbante, nota máxima para o som do teclado de Manuel Paulo);

"Dazed And Confused";

"What Is And What Should Never Be " (grande interpretação do Paulo);

"Misty Mountain Hop" (a arquitetura deste tema é brutal e os cinco elementos estavam coladíssimos);
Moby Dick (solo fantástico de Alexandre Frazão);


O final do set (antes dos encores) "Black Dog" e "Stairway to Heaven" foi apoteótico: o público cantou do princípio ao fim numa atmosfera cor-de-rosa...


NOTA 20: O som do Zé Nabo estava arrepiante, era possível sentir o pulso de cada tema, ao ponto de me influenciar os batimentos cardíacos.


Às 3:15 declarámos a nossa experiência Led On como finda, mas jamais esquecível.

Para quando a próxima?

Estávamos de regresso à nave-mãe. Ainda tivemos tempo para para conversas de circunstância com outras pessoas que aguardavam os respectivos automóveis. Fomos os últimos a solicitar o veículo, mas fomos os primeiros a sair. Quando um dos portões se abriu, sentimo-nos como se estivéssemos no Preço Certo ou concurso similar..."É branco!" exclamou alguém..."Não é o nosso..." - lamentou uma jovem.
Era a nossa nave...e voltámos a 2006. Foi bom enquanto durou!

2 comentários:

  1. Se gostas o próximo conhecido por mim é dia 26 de Dezembro de 2009 no Knock Out, Costa da Caparica

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